segunda-feira, 22 de setembro de 2014

daqueles dias



esse era um daqueles dias em que se quer sair. se quer andar por onde quer que seja para sentir um pouco de vento no rosto e no resto. queria, quem sabe, um olhar de alguém diferente, de um ônibus diferente, de alguéns diferentes... como era possível esquecer dele mesmo durante tanto tempo? sentia falta de seus monólogos interiores sem direção alguma, e de falar indiscriminadamente sem pensar em quem estivesse ouvindo. sentiu falta de se desencaminhar, de se desresponsabilizar...

era possível que pudesse recuperar esse lado instintivo de si mesmo? ainda havia essa responsabilidade (quer dizer, possibilidade)? começou sem um pequeno compromisso. deixou de de colocar letras maiúsculas nas frases que dizia... depois, começou a deixar de pontuar falava totalmente sem intenção nenhuma de pausar parar ou explicar detalhadamente o que queria dizer com as coisas já que tudo aquilo era secreto e não previa ninguém lendo aquele diário queria mais que tudo fosse confluindo até que um dia de repente se pegasse lendo uma página de mil novecentos e setecenta e quatro como se fosse a frase do dia como se o tempo não tivesse passado mas somente tivesse crescido internamente depois ele começou a não separarmaisasfrasesjáqueeleachavaquequem precisasseentendê-loseriacapazdefazê-losemmuitoesforçoqueriacadavezmenosinterferêncianoqueestavafazendoqueriapoderserelemesmosemperformarparaniguémmaissemsentirqueestivessesendoobservadopornenhumserhumanodepoisdissocomeçouainventarpalavretascomosefosseincreíblequesuinbloicletermatissecomtudoquefoubastesnãoémesmomeukisjotuépossívelquenoestounteoasjfktgjnadheytuoakllsetudmmmjadkeeitpoutntajkdeootjetudovirariaumimensojogodepalavraseletrascheiodeatosfalhosepalavrasinexatastudoparadizerquenãosequeriamaisseguirregras...

Nenhum comentário:

Postar um comentário