Era possível que aquele olhar se prestasse a algo que não fosse a constatação do desencontro entre eles? Ele, o Pai, tentou sorrir enquanto tirava uma gravata de seda da mala antiga. Aproveitou para também colocar sobre a cômoda o antigo terno. Um pouco amassado, é verdade, mas ainda assim, era a único signo que lhe restava do que ele acreditava ser a condição de pai. Olhava para o quanto aquela roupa representava aquilo que ele acreditava ser alguém digno de cuidar de outro alguém.
Passou mais tempo junto daquele terno do que dele, o Filho.
Havia se passado muito tempo, desde a última vez...