Era o que eu precisava nesse instante: um dia, ser um; noutro, outro. Aquela sexta-feira em que conheci aqueles olhos que vislumbravam toda maestria que eu parecia demonstrar enquanto destilava ensinamentos que, às vezes, nem eu mesmo acreditava. Como seria possível, deste jeito, inspirar a tantos? Será mesmo que sou este que todos acreditam que eu seja?
Neste instante, encontrei a solução: preciso acordar para 'estar' alguém e não 'ser' alguém. O ser lembra sólido, contínuo, corrente... e estar é efêmero, fugaz, mutável, como mais me pareço. No mesmo instante em que quero fugir com o circo e ter a fortuna que um Jobs sonhou tanto para conseguir...
Como posso eu serr satisfeito se, daqui a cinco minutos, a fome e a sede de ser mais logo me aparecem?