quinta-feira, 22 de julho de 2010

E foi levado pelo tornado...



Era um dia de quinta. Qualquer dia em que ele pensasse ser racional. Afinal, tinha três obras a fazer naquele dia. Minto. Não era para fazer a obra. Era supervisionar, ser crítico. Deixar de lado a bondade e o apego. Fazer com que qualquer um que parecesse humano ou minimamente gentil fosse espezinhado diante dele... Já mencionei que era quinta? Pois é. O que você espera que pode acontecer numa quinta-feira? É um dia tão nada. Tão meio entre coisa nenhuma e algo fugaz que nem me leva a pensar em algo que possa mudar.

Mas foi o que aconteceu a ele. Era quinta-feira quando ela chegou. Simples e conversou. "Oi". A coisa mais clichê que podia lhe vir à cabeça... e foi o que ele disse. Depois de alguns minutos de estabelecer contato, ele parte para a expressão. Para o externo. Medo de errar em qualquer coisa que fosse... Sabe, a crítica sempre lhe vem nessas horas. Mas acho que ele preferiu abrir os braços e descobrir o que viria... Uma tempestade de areia... Uma chuva torrencial... Mas eis que ela lhe chegou como um tornado... Um tornado que lhe levou de uma forma e para um lugar onde ele nunca imaginava estar: ELE MESMO.