segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Te desdenho e me apaixono


Por que dói tanto? Dessa dor lacinante me vem este sentimento. Ou será o contrário. Meu coração sangra e se desfaz. De onde me saio? De onde vens? De onde tu, paixão, me desconforta? Tira tua adaga de meu coração. Desejo viver e seguir. Com ela. A viúva que me aguarda. A viúva que me mata sem perceber. A viúva que me sentencia a uma vida sem viver. Te amo. Quero te seguir, paixão. Como esquecer de teus benditos lábios? Não te conheci como deveria, é verdade. O refreio de meu superego não me permitiu conhecer-te por dentro... Mas sinto como se habitasses dentro de mim desde sempre.

Condenado a um amor impossível estou eu. Destinado a nunca me inflamar contra tudo o que me prende. A sentença. Afrase. Dafrase. Àfrase. FrseAá. O que faço ao teu lado? Até tua voz, tua letra me aprisiona. Que quero eu ao teu lado? Será que há alguma esperança de viver pra sempre ao teu lado? Ou devo te esquecer como fiz aos outros? Conhecer-te foi meu maior prazer e lamúria. Te desdenho e me apaixono a cada segundo. Odeio-te.

Por se tornar meu vício...
Por se tornar meu ar...
Por ter te beijado por poucos segundos...
Mas por ter sentido por uma eternidade.

Quem te sente, paixão?
Com quem posso te partir e compartilhar?
Meu coração já está despedaçado...
Em dois.

Duas metades que nunca vão se completar. É possível esse impossivel? Quem, diante de um juramento, pode negar te amar?

Te queria me aconselhando, mas desviei meu caminho... Onde está o ponto retorno? De onde me perdi para me encontrar? Ou quem sabe, te encontrar novamente e me apaixonar novamente? Te amo, meu moto perpétuo, e te amaria todos os dias que te encontrasse.

Clementine...
Clement...
Clem...

Será que esqueço? Assim o desejo.

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